CLAUDIA MARIA PEREIRA FREIRE
( São Paulo )
Reside em Mairiporã – SP
Primeira Colocada no concurso da
COLETÂNEA VIAGEM PELA ESCRITA. Vol. VII – Homenagem ao poeta Reynaldo Valinho Alvarez. Org. de Jean Carlos Drumond. Comentários por Álvaro Alves de Faria, Anderson Braga Horta, Antonio Miranda, Antonio Torres, Gilberto Mendonça Teles, José Eduardo Degrazia. Volta Redonda, RJ: PoetArt Editora, 2020.
100 p. Ex. bibl. Antonio Miranda
É TRISTE VIVER...
É triste viver...
Quando a dor não passa
Quando a palavra abafa
Quando o olhar dissipa
É triste viver...
Com a cama vazia
A mão espalmada
Sem companhia
É triste perceber...
Que não adianta esperar
De quem não tem o que dar
E se ainda insiste
No que não existe
Vai sempre ser triste
QUANDO ESCREVO
Quando escrevo
Coloco lágrimas no papel
Que escorrem dos olhos
Pelos ombros, pelos braços
Pelo dedo sem anel
Com o fio que sai entrelaçado
Faço letras, palavras, frases
Para esvaziar minha cabeça
E sair dessa má fase
Quanto mais a lágrima corre
Mais tenho que vazar
Quanto mais o fio estica
Mais embaralhada a cabeça fica
Com rimas pobres, óbvias e pueris
Palavras tremidas, mal escritas e sutis
Sem técnica, métrica, sem réplica
Mas com toda emoção cravas no coração
VENTO
Vento que venta bravo
Espalhando folhas, pássaros, frio
Me leve para todo lado
Pelos ares, pelos mares, pelo rio
Vento que venta forte
Move barracos, areias, montanhas
Me leve para o norte
Ficarei solta a própria sorte
Vento que venta rasteiro
Rasteja, quebra e parte
Me leve com você primeiro
Onde tenha cultura e arte
Vento que venta suave
Me leve para longe daqui
Escolha um lugar calmo, tranquilo
Com vento e praia
Quem sabe Paraty
Vento que venta leve
Que vira brisa que some
Vento leve, só me leve...
*
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Página publicada em março de 2022
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